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segunda-feira, 12 de abril de 2010

A 13 de Abril de 1989, morreu D. António Ferreira Gomes

D. António Ferreira Gomes nasceu a 10 de Maio de 1906, na Casa de Quintela (casa de caseiro
da Quinta da Quebrada), em S. Martinho de Milhundos, Penafiel. Entrou para o Seminário aos 10 anos de
idade e, mais tarde, prosseguiu os denominados estudos filosóficos na Universidade Gregoriana, em
Roma. Em 22 de Setembro de 1928 foi ordenado presbítero na Torre da Marca. Pouco depois, foi
nomeado prefeito e director da disciplina do Seminário de Vilar, do qual viria a ser vice-reitor a partir de
Junho de 1936. É de 1931 o seu primeiro livro, Herói e Santo. A 15 de Janeiro de 1948 foi nomeado
Bispo Coadjutor da Diocese de Portalegre e Castelo Branco, onde ficou até 1952, quando foi nomeado
Bispo do Porto. Foi nesta qualidade, e obedecendo a um espírito de rectidão e justiça social, que D.
António escreveu, a 13 de Junho de 1958, uma polémica carta aberta ao ditador António de Oliveira
Salazar, tornando-se de imediato persona non grata para o regime. Seis meses depois escreveu nova
carta em tom moderado, mas a 23 de Maio de 1959 viu-se obrigado a dirigir missiva à Conferência
Episcopal (enviada a todos os Bispos nacionais), queixando-se da mudez e impassividade da Igreja
perante a situação nacional e denunciando os ataques que lhe eram dirigidos pelo governo. A 24 de Julho
de 1959 D. António Ferreira Gomes saiu do país “em gozo de férias” e foi impedido de atravessar a
fronteira em Valença, dando início a dez anos de exílio pela ditadura. Nove anos mais tarde dirigiu carta
de crítica violenta ao conivente Cardeal Cerejeira. Durante a operação cosmética marcelista, foi-lhe
permitido o regresso a Portugal e, em 4 de Julho de 1969, reassumiu o cargo de Bispo do Porto. A sua
intervenção cívica desenrolou-se antes, durante e após o processo revolucionário de democratização. Em
1982, aos 75 anos, resignou ao cargo de bispo do Porto. Faleceu a 13 de Abril de 1989, em Ermesinde.

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