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sábado, 17 de abril de 2010

Basílica de São Pedro, a 18 de Abril de 1506 o Papa Júlio II. lançou a 1ª pedra da sua construção.


Basílica de São Pedro
Basílica de São Pedro
Vista da Basílica
livro: "Shrines of Power"
      A Basílica de São Pedro, na qual são celebradas as mais importantes cerimónias da Igreja Católica, localiza-se sobre o terreno onde foi erguida pelo imperador Constantino, entre os anos 324 e 349, uma pequena basílica com o objectivo de honrar o túmulo do primeiro Papa, o apóstolo Pedro.
   Localizada também no local onde existiu o Circo de Nero, a Basílica teve a sua primeira pedra assente em 18 de abril de 1506 pelo Papa Júlio II. Inicialmente projectada por Donato Bramante, a basílica seria erguida sob a forma de uma cruz grega, porém após sua morte em 1514 teve seu projecto modificado.

     
      Uma comissão, formada por Rafael, Fra Giocondo e Giuliano da Sangallo, reprojectou a basílica como uma uma cruz latina com três naves, sendo que no cruzeiro existiria uma cúpula que, localizada sobre o altar, se alinharia com a sepultura do apóstolo São Pedro.
      Após a morte de Rafael, em 1520, novos arquitectos assumiram o projecto, sendo eles: Antonio da Sangallo, Baldassare Peruzzi e Andrea Sansovino.
Basílica de São Pedro
Frente da basílica
livro: "Shrines of Power"

Cúpula da Basílica
Cúpula da Basílica
livro: "Shrines of Power"

          Em 1527, Paulo III confiou a Antonio da Sangallo o controle total da obra. Este, por sua vez, retomou algumas ideias do plano de Bramante, erguendo uma parede divisória entre a nova Basílica e a antiga, ainda em uso. Em 1546, com a morte de Sangallo, Paulo III confiou a Michelangelo a chefia da arquitectura. Responsável pela abside, pelo transepto e pela cúpula, Michelangelo deixou em 1564, ano de sua morte, o trabalho todo praticamente completo.
      A sucessão no cargo de chefe da catedral foi desempenhada por Pirro Ligorio e Giacomo da Vignola, os quais finalmente completaram a construção da cúpula durante o papado de Sexto V. Mais tarde, sobre a cúpula, a qual possuía um diâmetro de 41,9 metros, Domenico Fontana construiu o lanternim e a cruz, finalmente construída em 1593, aproximadamente 138 metros de altura.

Vista interna da cúpula da Basílica
Vista interna da cúpula da basílica
livro: "Shrines of Power"
      O interior da basílica foi preenchido com muitas obras-primas do Renascimento e do Barroco. Entre elas, a mais famosa, a escultura denominada "Pietá", de Michelangelo. O interior da cúpula foi decorado com composições de mosaicos formando uma figura que ilustra os círculos angelicais do céu, com Deus Pai em seu cume.
Pietà
" Pietà"
livro: "Shrines of Power"

      Basílica de São Pedro
Basílica de São Pedro
livro: "Shrines of Power"
Desta forma a construção da Basílica foi completada por Carlo Maderna em 1612, com duração de mais de um século, originando uma monumental construção,a sua principal nave aproximadamente 187 metros de comprimento.

A cúpula da Catedral

      A cúpula da catedral é um marco para o estudo de engenharia de estruturas. Durante sua construção foi realizado, buscando reforçar a estrutura, o primeiro cálculo estrutural.
      Inicialmente projectada  por Bramante, a cúpula apresentava uma concepção conservadora. Com uma forma hemisférica, a mesma seria formada por 4 grandes arcos (46 metros de altura e 26 metros de vão) e suportada por 4 grandes pilares os quais estão presentes até aos dias de hoje, no centro dos mesmos pilares porém reforçados.
Projeto de Bramante
Projeto de Bramante

Rafael, o sucessor de Bramante, como não tinha conhecimentos estruturais e em nada acrescentou ou modificou a estrutura. O primeiro a realizar alguma modificação foi Sangallo, através da execução de um reforço sobre os pilares criados por Bramante. Sangallo também reprojectou a cúpula mundando-a de hemisférica para a forma obtida com a revolução de um arco segmentado e ainda aumentando a altura da cúpula em 9 metros.

      Cúpula de Michelangelo
Projeto de Michelangelo
      Após Sangallo, quem assumiu a construção da cúpula foi Michelangelo, o qual é responsável pela grande maioria dos detalhes e esquemas estruturais existentes na cúpula até os dias de hoje.
      Michelangelo trouxe novamente a cúpula na forma hemisférica, porém projetada com duas camadas estruturais (como Brunelleschi) as quais tornavam a estrutura mais sólida. Além disso os pilares, já modificados por Sangallo, sofreram novos reforços.
      Após 25 anos da morte de Michelangelo Giacomo della Porta e Domenico Fontana trabalhando juntos terminaram a execução da cúpula.

      É conhecido que foram construídas três  correntes de ferro circundando a base da cúpula no intuíto de resistir a esforços de tração, porém nada se sabe sobre seu executor e quando foi executada.      Esse reforço, entretanto, não conseguia resistir aos esforços gerados pois logo a cúpula começou a apresentar algumas fissuras e sons de rompimento, sendo os mesmos crescentes a cada momento. Assim uma investigação sobre o comportamento estrutural da cúpula foi iniciada.

      Em 1740, após 150 anos da construção, a cúpula apresentava fissuras e desgastes que, neste momento,  questionavam a segurança da mesma.      Um grande número de especialistas foi consultado, dentre eles Giovanni Poleni. Assim com a estrutura da cúpula dividida pelas fissuras em arcos, como gomos de laranja, uma solução de reforço se tornou emergencial.
      Poleni, com o auxílio da  literatura da época e com experimentos (como o uso formas de catenárias) conseguiu determinar os esforços horizontais gerados pela cúpula e, segundo estes estudos, ele assegurou a segurança da estrutura. Desta forma, nesse momento (1742) o primeiro cálculo estrutural havia sido executado.
      Mais tarde porém, buscando  uma maior segurança, foi recomendada a instalação de 5 anéis de ferro adicionais, os quais foram executados por Luigo Vanvitelli.
Esforços da cúpula

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