Afonso Costa nasceu em Seia em 1871, formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra (1895), com apenas 25 anos ascendeu a lente substituto na Universidade de Coimbra, regeu Economia Política na Escola Politécnica de Lisboa (1911) foi o primeiro director da recém-formada Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (1913). Foi, também, um dos mais brilhantes advogados daquela época.
Rapidamente se distinguiu pelas suas ideias políticas, cedo se afirmando como republicano. Foi deputado republicano durante a monarquia constitucional em 1899 (deputado da peste), 1906-1907, 1908 e 1910. Afonso Costa revelou-se um distinto parlamentar e um dos mais temíveis inimigos das instituições monárquicas. Orador fluente, os seus discursos eram atentamente escutados.
O seu papel na agitação política que levou à queda da Monarquia (5 de Out.1910) foi da maior importância, dirigindo campanhas de grande impacte na opinião publica, sobretudo em Lisboa. Após a proclamação da República fez parte do governo provisório como Ministro da Justiça, assinando leis polémicas como aquelas que iam contra as ordens religiosas e a da Separação das “Igrejas” do Estado. Foi Chefe do Governo e Ministro das Finanças (1913-1914 e 1915-1917), organizou o primeiro orçamento equilibrado desde o triunfo do liberalismo e promoveu a intervenção de Portugal na Primeira Guerra Mundial.
Exilado em França, desde 1918, durante a ditadura de Sidónio Pais, não voltou a residir em Portugal . Em 1919 presidiu a delegação portuguesa à Conferência de Paz e foi até 1926 , chefe da delegação portuguesas na Sociedade das Nações, cargo de que foi exonerado pela ditadura militar.
Faleceu a 11 de Maio de 1937 em Paris, tendo sido sepultado inicialmente em Neuilly-sur-Seine, no jazigo de Robert Burnay, sendo trasladado posteriormente, em 1950, para o cemitério de Père Lachaise, em Paris. Os seus restos mortais só em 1971 foram trasladados para Portugal, encontrando-se actualmente em Seia, no jazigo da família.
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