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quinta-feira, 13 de maio de 2010

A 14 de Maio de 1771, nasceu Robert Owen

Nos livros de Economia Política e mesmo nos livros de História mais completos pode-se encontrar, se bem que em breves notas, referências a esta personagem. Após o descalabro do pensamento liberal provocado pelas graves crises sociais de uma "mão invisível" de mercado que nunca demonstrou ser a realidade que Adam Smith pretendia, surgiu no séc.XIX um conjunto de ideias tentando inculcar o esforço coletivo na contraposição do individualismo até então defendido.
Robert Owen (1771/1858) um riquíssimo industrial escocês proibiu nas suas fábricas o trabalho infantil e dimunuiu o horário de trabalho diário de 17h para 10h. Compreenda-se que nesta época era uma profunda ousadia. Mas a ousadia de Owen não ficou por aqui! Então veja-se: Owen acreditava que o lucro era a fonte das desigualdades sociais e, seguindo o seu raciocínio, o lucro expressava-se na moeda. Logo, abolindo o lucro (leia-se moeda) cessariam as desigualdades sociais. Desta forma, Robert Owen criou em Londres armazéns de troca de trabalho onde os sócios trocavam a sua produção por vales de trabalho que depois utilizavam na compra de bens de consumo.
Infelizmente, a História conta-nos o enorme fracasso que Owen enfrentou com esta experiência. A verdade é que esta inovação económica só se sustentou até o dinheiro de Owen se esgotar. Em todo o caso, Robert Owen permanece na história como o criador do Associativismo Utópico caracterizando-se como o embrião para o surgimento do Socialismo Científico (de Marx e Engels).
Robert Owen revolcionou as ideias económicas e mostrou ser um visionário para a sua época. Esta é uma das provas que, por vezes, os ideais prevalecem sobre o lucro. E que são estes ideais arrojados que fazem evoluir as civilizações.
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