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quarta-feira, 19 de maio de 2010

A 20 de Maio de 1449, morreu O Infante D. Pedro Duque de Coimbra


Foi regente do reino entre 1439 e 1446 e participou na conquista de Ceuta. Foi armado cavaleiro e recebeu o título de duque de Coimbra. Rico, viajado, culto, o Infante D. Pedro revelou ser um político maduro a governar o País. Conhecido como “o Infante das Sete Partidas”, por ter feito uma longa viagem através da Europa, D. Pedro é considerado o primeiro grande diplomata português. Percebeu, inequivocamente, a importância da Europa para Portugal. “O que me fascina é ter tido essa visão no século XV”, comenta a escritora Alice Vieira.

– Contrair Conteúdo

O Infante D. Pedro assumiu a regência de Portugal por morte de D. Duarte, até que D. Afonso, o herdeiro da coroa, atingisse a maioridade. Mostrou ser um grande estadista. Viajou pela Europa, tornando-se conhecido como “o Infante das Sete Partidas”. Nas suas viagens levava na bagagem uma invulgar disponibilidade para o novo. A sua energia era uma doença incurável. Abriu horizontes e tornou-se grande defensor dos contactos com a Europa, sendo um profundo conhecedor dos sistemas de comércio europeu e da política internacional. Viajava com a ânsia de captar um novo vocabulário para a aprendizagem. “Saiu medieval e chegou moderno”, diz a escritora Alice Vieira. 

Filho do rei D. João I e de D. Filipa de Lencastre, o Infante D. Pedro nasceu em 9 de Dezembro de 1392, num ambiente tranquilo, onde se prezava a boa educação. A sua primeira grande acção data de 1415, quando participou com o pai na conquista de Ceuta. Logo a seguir à tomada da cidade foi armado cavaleiro e, pouco depois, recebeu o título de duque de Coimbra. Nove anos depois casou com D. Isabel, filha dos condes de Urgel, com quem teve seis filhos. 

Enquanto regente de Portugal entre 1439 e 1446, fez tudo para cumprir a missão a que se propôs. D. Pedro colocou o interesse do Estado e do progresso das populações acima das conveniências privadas e das vaidades guerreiras e estimulou a expansão marítima e comercial do reino, apoiando as iniciativas do irmão, o Infante D. Henrique. Apesar de ter ajudado nos preparativos para a campanha de Tânger, organizando as forças do Norte, não concordava com a aventura africana. O D. Pedro preferia a Europa. Foram as viagens pelo mundo fora que lhe permitiram concluir que o caminho de Portugal era a Europa e não a África. “Saiu do País e teve a percepção de que havia muito para conhecer. Tudo o que conheceu noutros países trouxe para cá”, refere Alice Vieira. “Quis dar a Portugal uma visão diferente.” 

Em 1446 o Infante D. Pedro entrega o poder a D. Afonso V, mas este pede-lhe que o ajude na governação. Dois anos depois é dispensado pelo rei por intriga dos nobres, entre os quais o conde de Barcelos. A situação torna-se insuportável. Acaba por defrontar o exército real na batalha de Alfarrobeira, onde morre em 1449. 

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