Wilhelm Richard Wagner, compositor, maestro, intelectual, activista político e representante do neo-romantismo alemão, cuja obra influenciou a música ocidental. Wagner nasceu numa família de artistas.
Viveu cerca de três anos em Paris e, em 1842, com 29 anos, retornou a Alemanha onde a sua ópera "Rienzi" foi encenada.
Nomeado regente da ópera real, ocupou esse posto até 1849. Escreveu artigos defendendo a revolução alemã de 1848, que fracassou. Fugiu da Alemanha e não pode ver a primeira apresentação de "Lohengrin", feita por Liszt em 1850.
De 1849 a 1852 escreveu obras impressas como "Arte e Revolução", "A Arte do Futuro", "Uma comunicação a meus amigos", e "Opera e Drama", que delineou um novo tipo de teatro musical.
Dirigiu concertos da Filarmónica de Londres em 1855 e viveu em Zurique até 1858. Wagner acreditava na criação de uma música nacional que, baseada nos mitos de origem do povo alemão e na criação da identidade colectiva, fosse capaz de educar e formar um novo homem, uma nova sociedade. Abertamente anti-semita, denunciou o "judaismo" da arte moderna, aclamando por uma "guerra de libertação". Talvez por isso tenha sido o compositor preferido de Hitler.
Influenciado pela filosofia de Schopenhauer, escreveu "Tristão e Isolda"(1857-59), inspirado no seu perdido amor por Mathilde Wesendonk, que causou a separação da esposa Minna. Devido a esse caso amoroso, trocou Zurique por Veneza.
Em 1859 foi a Paris, e, em 1861, amnistiado, retornou à Alemanha e depois viajou para Viena, onde desenvolveu trabalho como compositor até 1864, quando teve de fugir para não ser preso, devido a débitos financeiros.
Chegou sem dinheiro a Stuttgart e quem o ajudou foi Ludwig 2o, o jovem rei da Bavária, seu grande admirador, que o chamou para viver em Munique. Wagner estava com 51 anos e pelos seis anos seguintes apresentou, com sucesso, óperas na capital da Bavária. Porém, novamente ficou endividado, além de tentar imiscuir-se na política do reino e de se tornar amante de uma filha casada de Liszt, que lhe deu três filhos, mesmo antes de se divorciar e casar-se com ela em 1870. O rei decidiu alojá-lo em Triebschen, no lago de Lucerna.
Em 1869 Wagner retomou o projecto da tetralogia "O anel dos Nibelungos". Convencido de que precisaria de um teatro especial para apresentar aquela obra, Wagner concebeu o Teatro Bayreuth, na Bavária, com o apoio do rei. O teatro foi inaugurado em 1876, com a apresentação do "O anel dos Nibelungos".
Wagner permaneceu em Bayreuth, salvo viagens para concertos em Londres e na Itália. Durante esses anos ele compôs o último trabalho, o drama "Parsifal", iniciado em 1877 e apresentado em 1882. Ditou para a esposa a sua autobiografia e morreu em Veneza.
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