"A crise chegou ao fim." Desculpe, pode repetir?
Inserido em 28-04-2010 19:22
Há ministros do Governo que anunciaram o fim da crise em 2006. José Sócrates também falou no princípio do fim da crise em 2009. As notícias dos últimos dias dão novo relevo a estes entusiasmos políticos.
Ao longo destes anos, perante um cenário que era negro, qualquer sinal positivo parecia dar novo fôlego e inspirar muitos governantes a ditar o fim da crise.
O optimismo revelou-se antecipado, como as últimas notícias dão nota: o "rating" de Portugal foi cortado; o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, pediu um entendimento entre o PS e o PSD; José Sócrates anunciou a antecipação de medidas de austeridade para combater o défice, após uma reunião com o líder do PSD; o Governo decidiu impor limites ao subsídio de desemprego. Tudo isto no espaço de dois dias.
Depois das notícias mais recentes, as afirmações de alguns governantes que ditaram o fim da crise adquirem um novo relevo. Recorde alguns desses momentos:
13 de Outubro de 2006: O ministro da Economia, Manuel Pinho, anuncia o fim da crise em Portugal e diz que a questão é saber "quanto é que a economia portuguesa vai crescer". Manuel Pinho refere que "a crise acabou" e que se vive "um ponto de viragem" na economia, porque "já não se fala em recessão e em investimento zero". Para o ministro, "o sonho de uma economia mais puxada pelas exportações e não pelo consumo, por empresas portuguesas a vingar na economia global, está a verificar-se".
25 de Março de 2008: O primeiro-ministro reafirma que a crise orçamental portuguesa “está ultrapassada” e os factores que a motivaram “estão resolvidos”. Garante que, pela primeira vez, tal foi possível sem comprometer o crescimento económico. “Os últimos três anos foram de uma governação muito difícil e exigente, com um grande esforço de contenção da despesa pública, mas a crise orçamental de 2002, que voltou em 2005, está ultrapassada e os factores que a motivaram estão também resolvidos com as mudanças estruturais feitas no país“, afirma José Sócrates.
O optimismo revelou-se antecipado, como as últimas notícias dão nota: o "rating" de Portugal foi cortado; o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, pediu um entendimento entre o PS e o PSD; José Sócrates anunciou a antecipação de medidas de austeridade para combater o défice, após uma reunião com o líder do PSD; o Governo decidiu impor limites ao subsídio de desemprego. Tudo isto no espaço de dois dias.
Depois das notícias mais recentes, as afirmações de alguns governantes que ditaram o fim da crise adquirem um novo relevo. Recorde alguns desses momentos:
Ministro da Economia dita fim da crise em 2006
13 de Outubro de 2006: O ministro da Economia, Manuel Pinho, anuncia o fim da crise em Portugal e diz que a questão é saber "quanto é que a economia portuguesa vai crescer". Manuel Pinho refere que "a crise acabou" e que se vive "um ponto de viragem" na economia, porque "já não se fala em recessão e em investimento zero". Para o ministro, "o sonho de uma economia mais puxada pelas exportações e não pelo consumo, por empresas portuguesas a vingar na economia global, está a verificar-se". "A crise acabou. Vivemos um momento de viragem."
MANUEL PINHOministro da Economia do anterior Governo PS
Primeiro-ministro sustenta em 2008 que crise orçamental está ultrapassada
25 de Março de 2008: O primeiro-ministro reafirma que a crise orçamental portuguesa “está ultrapassada” e os factores que a motivaram “estão resolvidos”. Garante que, pela primeira vez, tal foi possível sem comprometer o crescimento económico. “Os últimos três anos foram de uma governação muito difícil e exigente, com um grande esforço de contenção da despesa pública, mas a crise orçamental de 2002, que voltou em 2005, está ultrapassada e os factores que a motivaram estão também resolvidos com as mudanças estruturais feitas no país“, afirma José Sócrates."A crise orçamental de 2002, que voltou em 2005, está ultrapassada e os factores que a motivaram estão também resolvidos."
JOSÉ SÓCRATESprimeiro-ministro
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