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domingo, 23 de maio de 2010

JOSÉ MARIA FERREIRA DE CASTRO nasceu em Salgueiros, vila Oliveira de Azeméis, Portugal, no dia 24 de maio de 1898


JOSÉ MARIA FERREIRA DE CASTRO nasceu em Salgueiros, vila Oliveira de Azeméis, Portugal, no dia 24 de maio de 1898. Filho de José Eustáquio Ferreira de Castro e D. Maria Rosa Soares de Castro, Ferreira Castro viveu boa parte de sua infância nesse modesto local. Em 1904 entra na escola primária de Ossela. Dois anos depois passa por sérios problemas financeiros por causa da perda do pai.Em 1911 emigra para Belém do Pará - Brasil, onde trabalhar, por cerca de quatro anos, em um seringal da floresta Amazônica. Essa fase, vivida em regime de semi-escravidão, proporcionou-lhe o contato com os sofrimentos e injustiças vividos pelo povo local, o que lhe serviu de "inspiração" para escrever o romance "A selva", publicado em 1930.

Por volta de 1914 deixa o Seringal e vai para Belém - PA. Os anos seguintes lhe são muito duros, pois tem que se submeter a trabalhos humildes para conseguir manter-se. Em 1916 consegue publicar o romance "Criminoso por Ambição", cuja distribuição era feita por ele mesmo.
A partir daí começa a colaborar com alguns jornais locais (Jornal dos Novos e a Cruzada). No entanto a vida ainda lhe castiga muito e o escritor chega a viver em estado de extrema miséria.
Sua situação começa a melhorar somente em 1917 quando funda, juntamente com o também português João Pinto Monteiro, um seminário intitulado "Portugal".

Em 1919, já com a situação financeira regularizada, Ferreira Castro viaja pelo Brasil e faz vários contatos importantes. No entanto, retorna a Portugal com a intenção de seguir carreira literária.
Em 1920, funda, com Nuno Romano, o jornal "O Luso", que tinha a intenção de aproximar o Brasil de Portugal. Esse periódico se extingue alguns meses depois e, novamente, Ferreira Castro vive em estado de extrema miséria.

Pouco a pouco, começa criar relações com pessoas que lhe abrem o caminho na vida jornalística. Começa também a produzir e publicar romances: Carne Faminta - 1920; O Êxito fácil - 1923; Sangue Negro - 1923; A boca da esfinge - 1924; A morte Redimida - 1925 etc.
Segundo o professor Massaud Moisés, esses romances são todos de 
"duvidosa valia a tal ponto que mais tarde o escritor os renegaria". Apesar da "duvidosa valia" essas obras, somadas a vários artigos escritos por Ferreira Castro, fazem com que ele se re-estabeleça financeiramente e chegue a ser eleito, em 1927, "Presidente do Sindicato dos Profissionais da Imprensa". Ainda nesse ano passa a viver com Diana de Lis.
Em 1928 funda e dirige, junto com Campos Monteiro, o magazine "Civilização". Ainda nesse ano, publica o romance "Emigrantes", que, além de receber elogios da critica em Portugal, marca também o início definitivo de sua carreira de escritor.

Em 1930 publica "A Selva", na qual resgata as experiências vividas na Amazônia. Essa romance tornou-se um grande sucesso tanto em Portugal como no Brasil. Isso porque a obra trata dos problemas sociais vividos pelo povo da região Amazônia com objetividade e extremo senso crítico. Em 30 de Maio deste ano morre sua companheira Diana de Lis. Angustiado, interrompe suas atividades literárias e abandona a direção do magazine "Civilização".
A obra "Eternidade" publicada em 1933, marca o seu retorno as atividades literárias, que se prolonga até a sua morte, ocorrida em 29 de Junho de 1974 na cidade do Porto.
Ferreira de Castro teve seus livros traduzidos para vários idiomas. Sem sombra de dúvidas, as obras mais importantes de sua carreira são "Emigrantes" e "A Selva", pois são consideradas precursoras do Neo-Realismo em Portugal.
::. Outras obras de obras de destaque:
Eternidade - 1933;
Terra fria - 1934;
Tempestade - 1940;
A lã e a neve - 1947;
A curva da Estrada - 1950;
A missão - 1954;
O Instinto Supremo - 1968

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