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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A 18 de Novembro de 1626 foi cnsagrada a Basílica de S. Pedro em Roma






Edificada no local onde São Pedro foi crucificado, a Basílica estende-se ao longo de 23 mil metros quadrados, onde cabem mais de 20 mil pessoas, e 130 metros de altura, tendo como grande atracção a cúpula desenhada por Michelangelo. 
Situada na Cidade do Vaticano começou a ser construída em 1506 durante o pontificado de Júlio II e foi terminada em 1612, quando Paulo V era Papa. Esta longa história, contudo, iniciou-se já no século IV. 
Foi no império de Costantino que as bases para a construção da basílica paleocristã foram lançadas. Os trabalhos, iniciados em 315, chegaram ao seu fim cerca de 11 anos mais tarde, quando o Papa Silvestre II consagrou a igreja numa cerimónia solene. 
A Basílica primitiva tinha cinco naves e, mesmo antes do fim do Império Romano, os habitantes locais começaram a estabelecer-se nos arredores da Basílica. 
Por guardar as relíquias de São Pedro, a Basílica tornou-se um centro de peregrinação, um destino quase obrigatório para os católicos. Ao longo do tempo, ela enriqueceu-se com novos relicários, bem como com uma profusão de decorações de estilo bizantino, românico e gótico. Entre os anos de 1100 e 1200, a fachada do templo e o seu interior foram decorados com frescos e mosaicos. Em 1330, Giotto e outros artistas da sua escola realizaram o mosaico da nave lateral e o políptico do altar maior. 
Depois de mais de um milénio de história, contudo, o edifício estava em graves condições de degradação e o Papa Nicolau V decidiu fazer um restauro radical, que ficou a cargo de Leon Battista Alberti e Bernardo Rossellino. Posteriormente, o Papa Júlio II decidiu interromper os trabalhos, parando o projecto para a construção duma nova catedral. 
O arquitecto e pintor italiano Bramante ficou encarregado de demolir a Basílica pré-existente e começar a construir as bases daquela que seria a maior Catedral do mundo católico. A 18 de Abril de 1506 pôs-se em marcha a construção da nova Basílica, concebida com uma planta em forma de cruz grega e uma grande cúpula central. 
No entanto, até à morte de Bramante, em 1514, só se tinham conseguido edificar os quatro pilares centrais com seus respectivos arcos de união. Estes últimos condicionaram todas as sucessivas intervenções. 
Nos 100 anos seguintes, os mais famosos artistas da época (Raphaello, Michelangelo, Giacomo della Porta e Domenico Fontana) alternaram-se para que os trabalhos de construção da Basílica fossem concluídos. 
A partir de 1607, Carlo Maderno completou definitivamente a obra, transformando, por desejo de Paulo V, a planta de cruz grega noutra, de cruz latina, à qual acrescentou três arcadas e o pórtico da entrada, concluindo a fachada. Terminada em 1612, a Basílica foi consagrada por Urbano VIII no ano de 1626. 
A famosa cúpula da Basílica pesa 37 milhões de quilos de diversos materiais. Só a clarabóia tem aproximadamente 1.500 toneladas. Michelangelo Buonarroti teve de ser muito inventivo para que esse material chegasse às mãos dos operários em alturas e quantidades tão descomunais. Os sistemas de roldanas que serviam de guindastes não eram suficientes. Carroças subiam e desciam continuamente por rampas em forma de espiral embutidas nas paredes. 
A cúpula tem 150 metros. Se considerarmos três metros por andar, teremos aí a altura de um edifício de 50 andares, erguido na época do renascimento italiano. 
A Basílica de São Pedro tem quase 400 estátuas, mais de 700 colunas e, juntamente com os outros edifícios do Vaticano, abriga talvez o maior tesouro artístico da humanidade, superando qualquer outro museu. A maior Basílica do mundo tem monumentos, estátuas, mosaicos e esculturas em relevo. O mais famoso tesouro artístico é talvez a “Pietà” de Michelangelo, a magnífica escultura em que Maria carrega Cristo morto. 
Devem ser destacados, ainda, o baldaquino de bronze com as quatro colunas em espiral, obra de Bernini, e as cinco portas que se somam à fachada, sob a galeria das Bênçãos. 
O Vaticano celebra o 500º aniversário da construção com um programa de iniciativas que será apresentado, esta quinta-feira, em conferência de imprensa, pelos Cardeais Francesco Marchisano, Arcebispo da Basílica de São Pedro, e Albert Vanhoye, reitor emérito do Pontifício Instituto Bíblico.

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