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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A 20 de Novembro de 1511, deu-se o naufrágio da nau Frol de la mar navegando de Malaca em direcção a Goa, onde seguia Afonso de Albuquerque com o valioso espólio da conquista de Malaca.

Frol de la Mar ou Flor de la Mar (flor do mar) foi uma nau portuguesa de 400 toneladas, que ao longo de nove anos participou em vários acontecimentos marcantes no oceano Índico até ao seu naufrágio em Novembro de 1511. Nela viajava Afonso de Albuquerque de regresso da conquista de Malaca, com um imenso espólio e tesouros para o rei que se perderam ao largo de Sumatra, tornando-a um dos mais míticos tesouros perdidos. Uma réplica da Flor de la Marabriga o Museu Marítimo de Malaca.

Frol de la Mar foi construída em Lisboa em 1502, como um dos mais avançados navios da época. Nesse mesmo ano seguiu para a Índia sob o comando deEstevão da Gama, irmão de Vasco da Gama. Em 25 de março de 1505 partiu de Lisboa para a Índia na armada de 16 naus e 6 caravelas para instalar o primeiro Vice-rei, D. Francisco de Almeida. Em 1505, ao regressar sob o comando de João da Nova sofreu um rombo no casco perto do Cabo da Boa Esperança, sendo reparada em Moçambique. Aí a armada de Tristão da Cunha encontrou o comandante com a sua Flor de La Mar e fez tudo para os salvar. Seguiram de novo para a Índia integrados na armada de Afonso de Albuquerque, como o seu comandante João da Nova, nunca mais voltaria às águas do Tejo.
Participou na conquista de Ormuz sob o comando de Afonso de Albuquerque, em 1507, foi o navio-almirante na batalha de Diu, travada pelo então vice-rei da Índia D. Francisco de Almeida em 1509 e participou na conquista de Goa em 1510 e em 1511 na conquista de Malaca, num notável exemplo de longevidade de uma nau do primeiro quartel do século XVI.
Apesar de já então ser considerada pouco segura, serviu de apoio na conquista de Malaca. Dada a sua grande capacidade, Afonso de Albuquerque utilizou-a no regresso em finais de 1511 para transportar o vasto espólio tomado na conquista do entreposto comercial rico e o mais significativo de toda a Ásia. Malaca era então o maior centro comercial do oriente e Afonso de Albuquerque queria presentear a corte do Rei D. Manuel I com os seus tesouros. Seguiam também presentes do Reino do Sião (Tailândia) para o rei de Portugal. A nau não venceu a tormenta que pairou no estreito de Malaca.
Flor de la Mar saiu de Malaca em direcção a Goa, mas não conseguiu atravessar o estreito. Na noite de 20 de Novembro de 1511 naufragou, fazendo numerosas vítimas, salvando-se Afonso de Albuquerque em condições difíceis, com auxílio de uma jangada improvisada. A Frol de la mar jaz até hoje no fundo do mar.
Flor de la Mar e a suposta localização é motivo a contravérsias onde se afirma que a Malásia disputa com a Indonésia os salvados do estreito. Robert Marx, um caçador de tesouros americano terá dispendido 20 milhões de dólares no projecto de trazer à superfície da água as riquezas da nau. segundo as suas declarações: “o barco mais rico desaparecido alguma vez no mar; com a certeza que a bordo tinham sido carregados 200 cofres de pedras preciosas; diamantes pequenos com a dimensão de meia polegada e com o tamanho de um punho os maiores”. Hoje, em Malaca, uma réplica da Frol de la mar aloja o Museu Marítimo da cidade.

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