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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Carlos IV de Espanha, nasceu a 11 de Novembro de 1748



Carlos IV
Carlos IV de Espanha (11 de Novembro de 1748 — Portici, 20 de Janeiro de 1819). Rei de Espanha desde 14 de Dezembro de 1788 até abdicar do trono em 1808 em favor do filho Fernando VII.
Foi batizado Carlos Antonio Pascual Francisco Javier Juan Nepomuceno José Januario Serafin Diego de Borbón, e nasceu em Portici, nos arredores de Nápoles, morrendo no mesmo mês em que enviuvou, no Palácio dos reis de Nápoles, em Portici, sendo sepultado posteriormente no Escorial, na Espanha.
Teve um reino atribulado a partir de 1788, principalmente por ter abandonado o governo a sua mulher, Maria Luísa de Parma, e a Manuel Godoy, tido por seu amante.
Em 19 de março de 1808, após a derrota em Trafalgar de 1805, e uma política desastrada, viu-se obrigado pelo filho a abdicar do trono em nome dele, que assumiu como Fernando VII em seguimento ao que se chama o Motim de Aranjuez. Procurou então o apoio de Napoleão, para conseguir de volta sua coroa. Conseguiu, mas por pouco tempo, pois Napoleão o obrigou a abdicar de novo, desta vez para entregar a coroa espanhola a seu irmão José Bonaparte. Foi o pai de D. Carlota Joaquina.
Inteiramente submetido à mulher e a Manuel Godoy, o favorito, que dirigiam juntos o reino. Tentou salvar Luis XVI, fazendo-se declarar guerra pela Convenção (março de 1793), com três anos de operações militares, invasão do território, desentendimento hispano-inglês. Assinou a Paz de Basiléia em 1795. A aliança de Santo Ildefonso em 1796 o colocou a mando da França em sua luta contra a Grã-Bretanha e Portugal. Perdeu a ilha da Trindade em 1797, devolveu a Luisiânia a Napoleão em 1800. Viu destruídos o comércio maritimo e a marinha de guerra em Trafalgar. No motim ou Pronunciamiento de Aranjuez, em 18 de março de 1808, impopular, foi obrigado a abdicar em prol do filho, que na subsequente entrevista de Bayonne foi obrigado a renunciar à coroa.
Não se pode esquecer a dependência de Carlos IV da esposa, de desenfreada leviandade, cativada por Godoy, apelidado "árbitro da Espanha", feito primeiro Duque de la Alcudia com grandeza de Espanha de 1ª classe, recebendo a Grã-Cruz de Carlos III, a Cruz de Santiago, Ajudante general do Corpo da Guarda, Marechal de campo dos Reais exércitos, gentil-homem de câmara, conselheiro de Estado, Príncipe da Paz.
A história assim se conta: no motim de Aranjuez, a Rainha salvou o favorito. O aparecimento de Pepita Tudó, gaditana de 16 anos, perturbou suas relações. Nolevantamento de 2 de maio de 1808 os habitantes de Madrid se alçaram contra o ocupante francês: duas semanas antes, um golpe de Estado expulsara o Primeiro Ministro Godoy, que levara o país a uma aliança com a França, contra a Inglaterra, provocando a ruina do país, a perda da frota e das colônas na América, a ocupação pelas tropas de Napoleão.
Caindo Godoy, Carlos IV abdicou em favor do filho Fernando. Ora, Napoleão tinha idéia de entregar o trono espanhol a seu irmão , José. O maréchal Murat, que representava o imperador em Madrid, convocou em Bayonne o antigo e o novo rei para lhes explicar que estavam destituídos.
Napoleão exilou a família real espanhola na França, sendo seu irmão José Bonaparte coroado rei da Espanha, reinando até o fim da guerra peninsular.
O povo em Madrid atacou as tropas de Murat que reagiu com brutalidade. A repressão foi impiedosa, como mostrou Goya em quadro de célebre realismo (Dos de Mayo). A severidade da repressão do exército francês não impediram a revolta de se estender pelo país, ao apelo do clero, nobreza, liberais. Numerosos exércitos franceses são liquidados por esta guerra de independência. Foi usada a expressão guerilla ("guerrinha", em espanhol) para qualificar os ataques tipo surpresa aos grupos de soldados isolados. Os ingleses aproveitam e desembarcam um corpo expedicionário comandado pelo general Arthur Wellesley, futuro Duque de Wellington. Os espanhóis causaram a primeira derrota grave de Napoleão.

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