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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Morreu o capitão, o senhor Mário Coluna. Um senhor.




A 6 de agosto de 1935, nasceu Mário Esteves Coluna, filho de um português branco (e antigo guarda-redes) da Beira Baixa e de uma moçambicana, no bairro Alto Maé (Lourenço Marques), ali pertinho da Mafalala de onde, anos depois, sairia Eusébio da Silva Ferreira.
Em miúdo, Mário Coluna era tudo aquilo que ele queria ser: pugilista, atleta, saltador em altura, jogador de futebol. Decidiu-se pelo pontapé na bola e foi no Desportivo de Lourenço Marques (a filial do Benfica em Moçambique), do qual o pai era sócio fundador que começou a dar nas vistas.
Na altura, Coluna era um ponta-de-lança goleador, robusto e compacto, cuja fama extravasa as fronteiras moçambicanas. A primeira proposta para uma transferência chegou dali perto, da África do Sul do Apartheid; depois, o FC Porto, porque Carlos Mesquita, treinador do Desportivo, fora jogador dos dragões (90 contos, três épocas); em seguida, o Sporting (100 contos, duas épocas); e, enfim, o Benfica, que igualou os valores dos leões e jogou a cartada sentimental. Os Coluna eram benfiquistas.
Em 1954, Coluna chegou à Luz com outros dois moçambicanos (Costa Pereira e Naldo). Vieram separados - Costa Pereira e Naldo de barco, Coluna de avião. No primeiro jogo para o campeonato, Coluna, que Otto Gloria punha a meio caminho do meio-campo e do ataque, fez dois golos (triunfo por 5-0 com o Vitória de Setúbal) e nunca mais saiu da equipa - acabaria a época com 14 golos. O Benfica tinha ali um Monstro. Que se tornou Sagrado, nas palavras do jornalista Artur Agostinho que cunhou a alcunha do jogador.
Pelo Benfica, conquistou 10 campeonatos (incluindo na época de estreia), 6 Taças de Portugal e 2 Taças dos Campeões.


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