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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

E tudo isto por causa do pastel de Belém e do papo- de-anjo de S. Bento!

POR CAUSA DO PASTEL DE BELÉM






Aos padeiros falta massa

Por causa do “pastel” de Belém
E do “Papo-de-Anjo” de S. Bento

Também os padres já não comem como abades
E os relojoeiros andam com a barriga a dar horas.
Os talhantes estão feitos ao bife – foi-se-lhes a maminha
Os criadores de galinhas estão depenados
Os pescadores andam a ver navios
Os vendedores de carapau estão tesos
E os de caranguejo veem a vida a andar para trás.

Por causa do “pastel” de Belém
E do “Papo-de-Anjo” de S. Bento

Os desinfestadores estão piores que uma barata
Os fabricantes de cerveja perderam o seu ar imperial
E estão sob pressão
Os cabeleireiros arrancam os cabelos
Os futebolistas baixam a bolinha
Os jardineiros engolem sapos
E os cardiologistas estão num aperto

Por causa do “pastel” de Belém
E do “Papo-de-Anjo” de S. Bento

Os coveiros vivem pela hora da morte
Os sapateiros estão com a pedra no sapato
E não conseguem descalçar a bota
Os sinaleiros estão de mãos a abanar
Os golfistas não batem bem da bola
Os fabricantes de fios estão de mãos atadas
E os coxos já não vivem com uma perna às costas

Por causa do “pastel” de Belém
E do “Papo-de-Anjo” de S. Bento

Os cavaleiros perdem as estribeiras
Os pedreiros trepam pelas paredes
Os alfaiates viram as casacas
Os almocreves prendem o burro
Os pianistas batem na mesma tecla
Os pastores procuram o bode expiatório
Os pintores carregam nas tintas
Os agricultores confundem alhos com bugalhos
E os lenhadores não dão galho

Por causa do “pastel” de Belém
E do “Papo-de-Anjo” de S. Bento

Os domadores andam maus como as cobras
As costureiras não acertam agulhas
E os barbeiros têm as barbas de molho.
Os aviadores caem das nuvens
Os bebés choram sobre o leite derramado
Os olivicultores andam com os azeites
Os oftalmologistas fazem vista grossa
Os veterinários protestam até que a vaca tussa
Os alveitares pensam na morte da bezerra
As cozinheiras não têm papas na língua
Os trefiladores vão aos arames
E todos os sobrinhos andam “Ó tio, ó tio!”.

E que outra coisa seria de esperar de um país onde

Por causa do “pastel” de Belém
E do Papo-de-Anjo de S. Bento

Até os elefantes estão de trombas
E os santos andam com cara de pau


(Autor desconhecido)

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